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Durante 25 anos apoiei a formação de equipes e líderes, bem como busquei ser uma pessoa melhor, respeitando meus valores e mantendo um posicionamento ético diante da vida. Neste momento me entrego à minha missão de vida. A vivência adquirida até aqui me levou à uma visão crítica da maturidade dos ambientes corporativos em pequenas, médias e grandes empresas, bem como dos comportamentos que possibilitam estratégias eficazes para alcance de resultados e formação de equipes altamente produtivas e colaborativas. Minha busca é para que as pessoas busquem seu empoderamento e tenham as rédeas da própria vida nas mãos, perseguindo a felicidade como sua principal meta. Esta formação se dará através de consultorias e treinamentos comportamentais, workshops, palestras motivacionais e personal e/ou professional coaching.

domingo, 17 de janeiro de 2016

O dom da oratória e o stand up



Ao apreciarmos alguém com habilidades de oratória podemos correr o risco de esquecer de que o mais importante é o que se diz, qual a idéia que se defende, porque ao contrário disso não haverá ninguém disposto a ouvir discursos, porque são vazios. 

Hoje essa habilidade é exigida por diversas profissões. Há quem acredite que o fato de não ser um palestrante, político ou instrutor de treinamento, que isto não lhe será exigido. 

Hoje é preciso "discursar" para marcar ou defender o seu lugar no mundo, seja para uma função em ambientes corporativos que pode se apresentar numa pergunta numa reunião com toda uma diretoria, até para investidores num projeto humanitário. 

Quem o está ouvindo precisa ser convencido de sua idéia, do que se ganha, o que se perde e etc. Não estou falando aqui de falar alto ou a frente, num microfone, num auditório ou estádio lotado, ou ainda para uma câmara de vídeo. Estou falando do dia a dia, quando você encontra um público hostil ou pouco sensível ao que você defende ou deseja "vender", mesmo que sejam risos.

Isso levou-me à uma lembrança antiga onde, meus irmãos e eu sentávamos à frente de um primo  "nerd" carioca - Claudio Cordeiro, que na época tinha entre 5 e 6 anos, para ouvi-lo reproduzir aquilo que decorava das estórias infantis.

A Disney lançou na época uma coleção de estórias contadas em discos de vinil coloridos e pequenos. Lindos. A preferida dele era: "Os três porquinhos e o lobo mal". 

Pois bem, ele empostava a voz e entonava cada personagem, mudando as vozes, repetindo a respiração, fazendo o som do vento ao soprar e derrubar as casas imaginárias...como no disco. Mas não pense que falava algo errado...não senhor...repetia o  texto perfeitamente....sem gaguejar... numa verdadeira prova para ganhar o papel principal de uma das peças de William Shakespeare. Ele levava muito a sério.

E começava com seu sotaque carioca:

"Era uma veissss, no fundo da floresssta, viviam os treissss porquinhossss perseguidos pelo lobo mal....."

Quando o trecho da estória permitia que o sotaque carioca se acentuasse nós(os primos paulistanos que não tem sotaque "né meu" hahah) caíamos na risada, o que o deixava muito nervoso. Ele tentava continuar mas dado que as gargalhadas não cessassem ele ameaçava: 

   - Fiquem quietossss senão eu começo tudo outra veissss". 

hahahah...aí sim ninguém aguentava hahaha....e o que tinha começado com a disposição em deixá-lo discursar já não permitia que ninguém mais o ouvisse...hahaha. Nossa mãe e minha tia(Tia Martha querida) se juntavam a nós nas gargalhadas o que o deixavam ainda mais nervoso. Nossa...saía pisando duro! Coitado! O orador estava morto e desempregado!


Hoje com tantos shows stand up's fico pensando que já naquela época ele começou isso usando-nos como cobaias, sem usar um só palavrão...e  se pudéssemos dar um nome à esta série seria: "Do drama ao humor - parte 1/parte 2" hahah


Suas histórias de hoje fazem com que todos parem para ouvi-lo. No seu olhar há sempre um sarcasmo com as situações do cotidiano e dos personagens da vida real (o ancião de Pedra de Guaratiba por exemplo) que os programas humorísticos não conseguem naturalmente repetir. Muitas gargalhadas ainda são dadas ao seu entorno. Ele é engraçado por natureza. Sua habilidade de oratória já se manifestava aos cinco anos, embora sua veia fosse mais dramática do que engraçada como agora. Mas estava lá, latente. 

O que quero dizer é que o discurso tem que ser verdadeiro, você deve fazê-lo com sua verdade, seja sério, seja comovente, seja introspectivo, pois assim ele tocará o sentimento das pessoas. Você poderá aprender alguns truques em alguns cursos mas somente a sua verdade e naturalidade irão tocar o coração delas. Não se engane. 

Beijão primo, obrigada pela inspiração! hahahah!

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