Das definições que li sobre o dia dos namorados a mais bonita faz menção à história de São Valentim. Conta a história que o bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
O bispo continuou celebrando casamentos, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Não é lindo?!
Pois é....mas no Brasil foi o publicitário João Dória que trouxe do exterior (Estados Unidos) o apelo comercial do dia de São Valentim para troca de presentes entre os namorados.. mas diferente de lá que a comemoração é em fevereiro, aqui colocamos na véspera do dia de Santo Antonio, que pra nós é quem tem tradição de casamenteiro.
Lembrei das festas organizadas para o tal santo no sítio de minha madrinha Diamantina Menezes. O coitado do "Santo Antonio" era roubado toda hora e escondido (segundo se dizia : até que trouxesse o noivo tão sonhado) hahah, coitado. A segunda solteirona roubava da primeira e assim íam atrás da "vencedora". Muito divertidas as andações na madrugada atrás do santo e as fogueiras que assavam as batatas doces no meio daquele breu na região de Capela do Alto-SP.
O namoro na minha época era um vínculo que se estabelecia entre os apaixonados. Ser "pedida em namoro" era um evento e uma grande conquista. Isso mesmo...você era uma espécie de troféu à quem conquistava o seu coração.
Tinha que ir lá falar com o pai da moça: dizer quem você era, o que fazia, suas intenções...e ser alvo dos olhares críticos dos irmãos mais velhos (e ciumentos). Se passasse na entrevista e aguentasse as gozações que se seguissem podia entrar e ficar pro time. Uma verdadeira maratona.
As relações mudaram e raramente ouço a expressão: "Esse(a) aqui é meu(minha) namorado(a)"...bem baixinho!
A altura da voz faz parecer que há algum constrangimento em se dizer apaixonado e entregue aos sentimentos mais lindos que o ser humano pode ter. Quando apaixonados damos o melhor de nós. Por que evitamos confessar?!
Os antigos cartões de amor comprados nas papelarias, escritos a mão, cederam espaço aos encontros virtuais na internet(com câmera digital ou não), às mensagens pelo whatsApp, e emails.
Os mais ousados publicam seu amor em redes sociais e todos os seus amigos "curtem" a declaração publicada.
Na minha época as cartas e declarações eram testemunhos e segredos entre os amantes. Eu ainda tenho alguns deles guardados. São tesouros e provas que um dia alcancei o coração de alguém e ele o meu.
Tenho amigos (homens e mulheres) que se queixam por não encontrar alguém disposto à uma relação de amor. Triste.
E você? Como está seu coração?!
E você? Como está seu coração?!
Neste dia dos namorados, se você tem alguém, declare seu amor à moda antiga: Vá dançar de rosto colado, vá ao cinema, faça carinho, escreva um bilhete de amor...comemore.
Se você não tem, abra o seu coração para que ele possa então reconhecê-lo. Ele está lá fora. Não importa que venha através do que a tecnologia propicia, contanto que possibilite que você tenha para quem entregar o seu carinho, a sua dedicação.
Pelo que soube até a igreja católica deixou de celebrar, em 1969, o aniversário do suposto mártir(Valentim) por duvidar de sua identidade e até de sua existência....então...talvez esta seja apenas mais uma história para nos remeter aos nossos sentimentos e para que nos sensibilizemos.
Aproveite então pra tirar apenas o que o importa: o amor!