Quando era pequena e encontrava uma palavra desconhecida ouvia meu pai dizer: Consulte no "pai dos burros". Ele se referia assim ao famoso dicionário da língua portuguesa assinado pelo alagoano Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Aurélio morreu em 1989 com 79 anos. Impressionante e admirável o trabalho dele com relação a este conteúdo!
O dicionário Aurélio me acompanhou a vida toda e talvez tenha sido meu segundo livro de cabeceira para entender tudo o que eu buscava conhecer, não apenas para saber, mas para captar o significado das coisas. Saber é conhecer, ser ou estar informado, entender é outra coisa. Entender é perceber ou reter pela inteligência; compreender, captar, perceber a razão de.
Agora, já consciente da minha responsabilidade, busco contribuir com o entendimento das coisas à quem está próximo de mim.
Por isso quero falar de dois conceitos que tem perseguido as pessoas em fase de crise e que poucas se dão conta efetivamente do que são:
Ignorância: "Substantivo Feminino : estado de quem não está a par da existência ou ocorrência de algo; e estado de quem não tem conhecimento, cultura, por falta de estudo, experiência ou prática."
Burrice: "Substantivo Feminino : qualidade, caráter ou condição de burro ('falta de inteligência'); asnice, burreza, burriquice./ ação própria de burro ('falta de inteligência'); maneira de se comportar de burro (desprovido de inteligência); ação ou efeito de emburrar ou emburrar-se; tornar-se burro."
Sei que nenhum de nós conhece tudo. Reconheço e pratico a busca incessante pelo conhecimento para que minhas contribuições sejam efetivas em busca do objetivo a ser alcançado. Sou ignorante em diversos assuntos mas tenho consciência de que ela é um estado momentâneo, pois estou sempre disposta a aprender, a ultrapassar este estágio. Isto é ignorância.
Em tempos de crise vejo diversas pessoas tentando inventar a roda, criando soluções mágicas àquilo que não conhecem. Por desconhecerem, simplificam os motivos que fazem um processo ocorrer do jeito A ou do jeito B. Não querem conhecer o processo: "por favor não me chateiem com os detalhes".
Preguiçosos é o que são: não leem, não entendem, não perguntam. Opinam sobre aquilo que acham. Desprezam o conhecimento que poderia libertá-los e levam as empresas a serem ainda mais lentas e mais caras. Do alto de seu pedestal: deduzem. Sobre suas deduções: infernizam. Isto é burrice.
Noutro dia o Abílio Diniz postou no Linkedin um tema sobre a necessidade, de em momento de crise olhar para dentro, rever os processos, melhorá-los. Mas ele foi claro: avaliem se não há oportunidades e coloquem lupa sobre aquilo que está lhe tirando a performance.
Ele não recomendou inventar ou menosprezar o conhecimento dos outros.
Pratique!
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