Trabalhei 25 anos em ambientes corporativos. "Uma vida" como diria minha mãe.
Em todos eles recebia um crachá com o logo da empresa, uma mesa, um ramal, um ponto de rede, depois o celular corporativo e mais tarde um cartão de visitas com o "título", endereço comercial e contatos impressos nele. Para minha geração (e pra mim também) isso era considerado estabilidade e status. Duas sensações boas: de pertencimento e conquista.
Mas, do outro lado do mundo, desde 2005 os Estados Unidos, que já liam os resultados da crise imobiliária iniciada em 1990, já iniciavam um conceito diferente para atender as empresas que foram vitimadas pela recessão. Lá os profissionais de diversas empresas e áreas, optavam por compartilhar o mesmo espaço para diversas necessidades. Entre os motivos originais alegados estavam:
- Networking
- Colaboração
- Parcerias
- Convívio social
- Amizades
Mas haviam muito mais motivos. Claro.
Criação de Marcelo Aversano da Upper Propaganda |
Aqui estes espaços foram primeiramente fundados por empreendedores e autônomos da área de tecnologia (os primeiros afetados pela crise), que buscavam locais de trabalho alternativos aos Cyber Cafés ou suas próprias casas, onde se sentiam isolados e pouco profissionais.
Hoje são milhares de espaços de coworking em todo o Brasil.
Estamos em 2016 e ninguém se atreve a dizer que este modelo é uma "modinha" que vai passar. Aquela crise e a de agora voltam a nos ensinar e remetem a avaliação da forma e com o que estamos gastando nosso dinheiro e nos colocam em xeque num repensar constante: preciso mesmo disso?!
Cada vez mais somos convidados a pensar "FORA DA CAIXA", aliás tem um link aí pra você conhecer um grupo no Facebook que leva este nome e que promove conhecimento, comportamento e networking.
Muitos profissionais que migraram para o empreendedorismo ainda pensam ser necessário ter um lugar seu, imitando aquele modelo que vivemos lá atras: "...Essa mesa é minha, essa cadeira é minha, esse armário é meu, esse telefone fixo é meu, esse ponto de rede é meu...o endereço comercial é só meu...".... mas finalmente começam a travessia para modelos mais otimizados.
Pois bem. Considerando que o DRE(¹) de uma empresa esteja na última linha do relatório, devemos buscar tanto a venda quanto reduzir nossas despesas, pois é na resultante de tudo que saberemos se vamos ou não, indo bem.
(¹) O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é um relatório que oferece uma síntese econômica completa das atividades operacionais e não operacionais de uma empresa em um determinado período de tempo, demonstrando claramente se há lucro ou prejuízo.
Trabalhar em outros modelos de contrato é cada vez mais comum. Além disso profissionais seniores já estão sendo compartilhados entre as empresas, e são chamados sob consultoria quando a necessidade pontual ocorre. É muito caro mantê-los para tocar a operação. Aceite ou sofra.
E onde estão estes profissionais enquanto esta oportunidade não se manifesta?
Pois então...o Coworking se dispõe a prover esta infraestrutura para recebê-los:
- Ele foi concebido para ser flexível e fornecer diversos planos e serviços à este grupo de profissionais (ao qual eu pertenço) que trabalham de forma independente umas das outras, e em modelos de negócio que tem tempos e necessidades de estrutura bem diferentes.
- Propõe o compartilhamento de despesas comuns, fazendo com que o rateio delas se torne não apenas mais econômico, mas muito mais inteligente.
- E finalmente propicia um ambiente com outras pessoas para nos dar aquele sentido de pertencimento, e com estrutura de endereço e salas para receber nossos clientes de forma profissional. Neste ponto nos temos diversas opções de coworking e cada uma num estilo que se alinhem ao nosso negócio.
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